ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

Número Atual - v25 n4 2025

Edson Teixeira Barbosa Filho1; Maria Eduarda Miranda Grigorio1; Victor Bruno de Lima Galvão1; Tatiana Pimentel de Andrade Batista1

TEXTO COMPLETO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A infecção latente por tuberculose (ILTB) contribui consideravelmente para o aumento na incidência de tuberculose ativa. As crianças, além de apresentarem maiores chances de converterem o patógeno adormecido em doença ativa, se deparam com outras situações de risco relacionadas à faixa etária, como comorbidades, desnutrição e imaturidade imunológica. Dessa forma, objetivou-se avaliar o papel do Teste de Liberação de Interferon-gama (IGRA) como ferramenta diagnóstica aplicada a crianças em diferentes contextos epidemiológicos.
MÉTODOS: Estudo de revisão integrativa, utilizando a base Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) na busca das publicações.
RESULTADOS: Foram selecionados 18 estudos publicados entre 2019 e 2024, com foco no diagnóstico da ILTB na população pediátrica. Predominou o uso de estudos de corte, ensaio clínico e estudos transversais. A maioria dos estudos destacou a eficácia superior do teste IGRA em comparação à prova tuberculínica, especialmente em crianças vacinadas com o bacilo de Calmette e Guérin (BCG) e grupos imunossuprimidos. Fatores como imunização, variabilidade diagnóstica e contexto epidemiológico influenciaram os resultados dos testes, ressaltando a importância de métodos diagnósticos mais precisos para melhorar a triagem e tratamento em diferentes populações.
CONCLUSÃO: Métodos diagnósticos precisos, como o IGRA, são fundamentais para melhorar a detecção de ILTB na população pediátrica nos diferentes contextos epidemiológicos estudados.

Palavras-chave: Testes de Liberação de Interferon-gama; Tuberculose Latente; Crianças

Manoela Valente Costa1; Nilzete Liberato Bresolin2,3; Emanuela Rocha Carvalho2,4

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: A Covid-19 é um problema de saúde pública que pode resultar em envolvimento multissistêmico e acometer os rins de diversas formas. O objetivo deste estudo é descrever os principais fatores relacionados ao acometimento renal em pacientes pediátricos infectados por SARS-CoV-2 em Santa Catarina, Brasil, no período de 2020 a 2021.
MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo com casos pediátricos internados em hospital pediátrico com infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada, entre março de 2020 e março de 2021 (CAAE: 39497720.8.000).
RESULTADOS: No período, foram confirmados 94 casos de pacientes internados com Covid-19. O sexo prevalente foi o masculino (62,77%); a média de idade foi de 4 anos e 10 meses; e a mediana 2 anos e 11 meses. Mais da metade dos pacientes possuíam comorbidades (55,32%) e manifestações gastrointestinais foram comuns (52,12%). Observou-se hematúria em 11 (26,19%) e proteinúria em 25 (59,52%) dos 42 casos (55,26%) com alteração renal. Solicitou-se creatinina em 66 casos; 18 (27,27%) apresentaram alteração sérica e 13 (19,70%), lesão renal aguda. Os fatores associados ao desfecho foram: tempo de internação, uso de drogas nefrotóxicas e necessidade de ventilação mecânica e drogas vasoativas. A letalidade foi de 2,13%.
CONCLUSÕES: Este trabalho ressalta a importância da avaliação renal nos pacientes com Covid-19, além de identificar o uso de drogas nefrotóxicas e vasoativas, tempo de internação e necessidade de ventilação mecânica como fatores que possam estar associados à lesão renal aguda.

Palavras-chave: COVID-19; Injúria Renal Aguda; Hematúria

Lucas Fornaziero1; Maria Bárbara Todisco Freitas1; Maria Eduarda Andrade Luciano1; Lourdes Conceição Martins1; Katucha Rocha de Almeida Farias1; Maria Célia Cunha Ciaccia1

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: No Brasil há uma queda nos níveis de infecção pelo vírus da hepatite A, devido a melhoria do saneamento básico, crescente urbanização populacional e vacinação universal das crianças, embora ainda haja surtos isolados da doença.
OBJETIVO: Relacionar a incidência de casos notificados de hepatite A com a cobertura vacinal durante o período de 2014 a 2022.
METODOLOGIA: Estudo ecológico com dados obtidos em acesso ao Ministério da Saúde pelos Boletins Epidemiológicos de Hepatites Virais e pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, sobre a incidência da infecção pelo vírus da hepatite A e cobertura vacinal da hepatite A no período de 2014 até 2022.
RESULTADOS: A cobertura vacinal apresentou uma heterogeneidade no período analisado e entre as regiões estudadas, sendo que os anos de 2014, 2016 e 2021 apresentaram a menor cobertura vacinal nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste. No período analisado, a Região Sudeste apresentou aumento de casos confirmados de hepatite A ao longo dos anos; em contrapartida, nas outras regiões houve redução do número de casos. Na correlação entre cobertura vacinal e taxa de incidência da hepatite A, a Região Nordeste apresentou correlação inversamente proporcional e significativa, tendo um aumento na cobertura vacinal e diminuição dos casos de hepatite A, o que não aconteceu nas outras regiões analisadas. Há, ainda, grande heterogeneidade de comportamento temporal em cada uma das faixas etárias.
CONCLUSÃO: Houve grande heterogeneidade na relação entre os casos notificados de hepatite A e a cobertura vacinal no Brasil.

Palavras-chave: Hepatite A; Cobertura vacinal; Incidência; Estudos soroepidemiológicos; Vacina contra hepatite A

Luan Nascimento Lázaro1; Katucha Rocha de Almeida Farias1; Maria Célia Cunha Ciaccia1

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: A esotropia concomitante aguda adquirida (AACE) é uma condição ocular caracterizada por desvio convergente dos olhos, concomitante, o qual ocorre repentinamente. Desenvolve-se ao longo da vida e parece ser precipitada pela exposição prolongada a dispositivos móveis.
OBJETIVO: Investigar a possível correlação entre o uso excessivo de telefones celulares e o desenvolvimento de AACE em crianças e adolescentes.
MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática com estratégia de busca por estudos publicados e indexados nas bases de dados MEDLINE via Pubmed, Scielo e Lilacs durante o mês de agosto de 2024. Os descritores utilizados foram: (Smartphone and strabismus) or (Cell phone and strabismus) or (Smartphone and esotropia) or (Cell phone and esotropia) or (Smartphone and exotropia) or (Cell phone and exotropia). O desenho da revisão segue a estratégia PECO: P = crianças e adolescentes, E= uso excessivo de smartphone/ cell phone C= Não uso excessivo de smartphone/ cell phone e O = esotropia concomitante aguda adquirida.
RESULTADOS: Foram recuperados 86 artigos em total, através de uma busca sistemática em três bases de dados bibliográficas: MEDLINE (n= 70), LILACS (n= 13), e Scielo (n= 3). Ao final da análise, cinco estudos foram considerados elegíveis para inclusão na presente revisão sistemática.
CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo sugerem associação entre o uso prolongado de dispositivos móveis e o desenvolvimento de AACE em crianças e adolescentes. No entanto, é fundamental realizar mais estudos para melhor compreender os mecanismos subjacentes a essa associação.

Palavras-chave: Telefone Celular; Smartphone; Estrabismo; Esotropia; Exotropia

Thalia Almeida da Silva1; Isaías Sobral Soares2; Brenda Klemm Arci Mattos de Freitas Alves3; Stella de Aparecida Ederli Pinto dos Santos3

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: A estenose do canal auditivo interno (ECAI) é uma condição que pode levar a hipoplasia ou aplasia dos nervos cranianos que passam por esta estrutura – os nervos vestibulococlear e facial. O acometimento mais comum é a hipoacusia neurossensorial, sendo a paralisia facial periférica (PFP) mais rara.
OBJETIVO: Descrever caso raro de PFP progressiva devido a ECAI em paciente pré-escolar atendido pelo ambulatório de pediatria de um hospital universitário do Rio de Janeiro.
DESCRIÇÃO DO CASO: Pré-escolar de 3 anos, nascido de parto vaginal, sem intercorrências gestacionais. Na triagem neonatal, apresentava exame de Emissões Otoacústicas Evocadas alterado à direita. Apresentou atraso nos marcos de desenvolvimento da linguagem, com atraso de fala associado a distúrbio articulatório da fala (com troca e omissão de fonemas). Evoluiu com PFP progressiva à direita que, ao exame físico, era classificada como grau IV na Escala de House-Brackmann. A ressonância magnética evidenciou conduto auditivo interno direito hipoplásico, e nervos facial e vestibulococlear direitos hipoplásicos sem curso no interior do conduto auditivo interno. Foi solicitada a realização de Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico que evidenciou perda auditiva completa do ouvido direito.
DISCUSSÃO: Deve-se suspeitar de ECAI em pacientes que apresentam hipoacusia neurossensorial e PFP ipsilaterais. No caso relatado, observou-se que malformações das estruturas do ouvido interno, olhos e rins podem estar associadas ao quadro descrito. A hipoacusia, em crianças, pode promover complicações como atraso no desenvolvimento na linguagem e dificuldade escolar.

Palavras-chave: Perda Auditiva Neurossensorial; Paralisia facial; Doenças do Nervo Vestibulococlear

Júlia Venturi de Souza1; Simone Cristina Padilha Stadinick1; Luis Claudio Hobus1; Samantha Cristine Lopes1; Eduardo Garcia Carvalho1; Maria Eduarda Sborz1; et al.

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: Os tumores mediastinais são massas neoplásicas que se alojam na cavidade mediastinal. Nesta cavidade, alojam-se estruturas como o coração, timo, traqueia, esôfago, artéria aorta, linfonodos, glândula tireoide e paratireoide. Apesar de raros, os tumores de mediastino na faixa etária pediátrica possuem grande morbimortalidade, sendo em mais do que 60% dos casos assintomáticos.
OBJETIVO: O objetivo geral é relatar um caso de tumor de mediastino com compressão pulmonar em recém-nascido. Este é um estudo observacional e descritivo do tipo relato de caso, realizado a partir de dados de prontuário de um hospital terciário.
DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente recém-nascido apresentou desconforto respiratório ao nascimento e foi diagnosticado através de exames de imagem com tumor de mediastino, localizado em hemitórax esquerdo. O paciente foi submetido a remoção do tumor no primeiro dia de internação, permanecendo em suporte hemodinâmico, evoluindo a óbito no 6º dia de internação.
DISCUSSÃO: O relato de um caso de tumor mediastinal raro no período neonatal nos alerta sobre a importância de um pré-natal bem-feito. O seguimento com estudo por métodos de imagem realizado por profissionais aptos, a fim de diagnosticar precocemente malformações fetais potencialmente graves e o nascimento ocorrer em local adequado para o acompanhamento necessário, pode reduzir a morbidade e mortalidade neonatal. O presente trabalho foi aprovado eticamente sobre o número de registro 6.146.068 e seguiu os preceitos do CARE Guideline.

Palavras-chave: Pediatria; Neoplasias do Mediastino; Hemangioma

Artigos Mais Lidos

Geraldo Jacob Jorge1; Licínio Esmeraldo da Silva2; Gesmar Volga Haddad Herdy3; Selma Maria de Azevedo Sias4

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: elevados níveis de imunoglobulina E (IgE) têm sido descritos em helmintíases, doenças alérgicas e em algumas imunodeficiências primárias.
OBJETIVO: avaliar a prevalência de doenças alérgicas em crianças e adolescentes com níveis séricos de IgE total ≥ 1.000 UI/ml.
MÉTODOS: trata-se de estudo retrospectivo de pacientes com até 18 anos e valor de IgE sérico total ≥ 1.000 UI/ml, acompanhados nos ambulatórios de pneumologia e alergia do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense, de janeiro de 2007 a dezembro de 2012, e análise dos prontuários.
RESULTADOS: foram estudados 65 prontuários. A média da idade foi de 8,9 (± 4,1) anos; 40 (61,5%) eram meninos. Os níveis de IgE variaram de 1.066 a 33.089 UI/ml (média de 3.814,4 UI/ml e mediana de 2.000,0 UI/ml). Os valores de IgE foram maiores para o sexo masculino (p = 0,020). Três pacientes apresentaram IgE maior que 20.000 UI/ml: um com síndrome de Job e dois com associação de rinite, asma, alergia alimentar e dermatite atópica grave. Em 62 pacientes com IgE até 10.000 UI/ml, encontrou-se diagnóstico de rinite, asma, dermatite atópica e alergia alimentar em 90,3%, 87,1%, 14,5% e 6,4%, respectivamente. A associação mais frequente foi entre asma e rinite (50/62; 80,6%). Naquelas com dermatite atópica, os valores médios de IgE foram significativamente maiores (p = 0,026).
CONCLUSÕES: neste estudo, os níveis mais elevados de IgE predominaram no sexo masculino e nas crianças com dermatite atópica. Houve maior prevalência de rinite e asma nas crianças com doenças atópicas, dados que coincidem com os relatados na literatura.

Palavras-chave: Imunoglobulina E. Asma. Rinite. Dermatite atópica. Criança. Adolescente.

Amanda Carvalho Mitre Chaves1; Roberto Gomes Chaves2; Breno Augusto Silva de Resende3

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: o uso de álcool pela nutriz pode ser um fator dificultador para a prática da amamentação devido aos efeitos desta droga sobre a produção láctea, sobre a nutriz e o lactente.
OBJETIVO: realizar um estudo de revisão sobre o uso de álcool pela nutriz e os seus efeitos sobre o lactente e a lactação.
FONTES DE DADOS: bancos de dados PubMed, Medline, Lilacs e SciELO nos últimos 15 anos, com os descritores 'etanol', 'aleitamento materno', 'lactação' e 'leite humano' nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Livros, textos e artigos considerados relevantes.
SÍNTESE DOS DADOS: o uso de bebidas alcoólicas durante a amamentação é uma prática crescente e está associada a riscos para o lactente e para a produção do leite materno. O álcool possui baixo peso molecular, ausência de ligação às proteínas plasmáticas, elevada constante ácida e alta biodisponibilidade oral, propriedades que facilitam a sua excreção pelo leite materno. Apesar dos riscos da exposição infantil ao álcool via leite materno, baixas doses de álcool não devem contraindicar a amamentação.
CONCLUSÕES: as mães devem ser estimuladas a evitar o consumo desta droga durante todo o período da lactação. Caso a mulher decida pela utilização de bebida alcoólica, ela deve ser orientada a adiar a amamentação até a eliminação do álcool do leite materno.

Palavras-chave: Etanol, Aleitamento materno, Lactaçao, Leite humano.

Raphael F. Andrade1; Ariana Paixao2

TEXTO COMPLETO

OBJETIVO: Descrever as principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da asma e demonstrar seus efeitos na redução dos sintomas desta doença.
MÉTODO: Revisão da literatura (1998 a 2005) através do banco de dados do PubMed, Cochrane Review e literatura impressa.
CONCLUSÃO: Existem,atualmente,diversas técnicas fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da asma. Apesar de se obterem resultados que favorecem a redução dos sintomas da doença, outros estudos devem ser realizados para que sejam mais bem elucidadas as questões correspondentes à aplicabilidade clínica e os efeitos terapêuticos de cada técnica. Palavras-chave:

Rosanna Vilardo Mannarino

TEXTO COMPLETO
Palavras-chave:

Denise Cardoso das Neves Sztajnbok

TEXTO COMPLETO
Palavras-chave:

Heber de Souza Maia Filho

TEXTO COMPLETO

INTRODUÇÃO: As crises epilépticas, sejam agudas ou relacionadas à epilepsia, são uma emergência neuropediátrica importante, não somente pela frequência, mas também pela associação a situações de alta morbimortalidade e, não menos importante, de impacto psicossocial e familiar.
OBJETIVO: O presente artigo de revisão buscar trazer, de uma forma sintética, os principais conhecimentos necessários para que o pediatra possa diagnosticar, tratar e investigar a crise epiléptica em um contexto de emergência.
FONTES DOS DADOS: O material bibliográfico compõe-se de livros clássicos da área e de revisão bibliográfica de artigos dos últimos cinco anos no PUBMED,priorizando-se os artigos de revisão.
SÍNTESE DOS DADOS: Objetivando uma abordagem prática, discutiremos cinco situações principais - crise febril; crise epiléptica após traumatismo craniano; crise em uma criança com diagnóstico prévio de epilepsia; primeira crise afebril; e estado de mal epiléptico.As prioridades no manejo da crise epiléptica na emergência pediátrica são a interrupção dessa crise (evitar o estado de mal epiléptico), a prevenção de complicações e sequelas, a investigação da etiologia e o tratamento das causas agudas. Por fim, realiza-se o adequado encaminhamento para investigação e tratamento ambulatorial.

Palavras-chave: crise epiléptica, epilepsia, emergência, criança.

Danusa Rizzon

TEXTO COMPLETO
INTRODUÇÃO: Crianças apresentam maior morbidade e mortalidade relacionadas a vários patógenos, em especial, aos intracelulares. Isso ocorre em função da imaturidade imunofisiológica, que resulta de limitações nos mecanismos imunológicos inatos e adaptativos.
OBJETIVO: Revisar o sistema imune do recém-nascido, destacando aspectos fetais e maternos. Ressaltam-se, também, elementos das imunidades inata e adaptativa e evidencia-se a importância do leite materno no contexto citado.
METODOLOGIA: Revisão não-sistemática da literatura disponível nas bases de dados SCIELO, NCBI e CAPES,priorizando-se artigos mais recentes e/ou com informações relevantes sobre o estudo.As listas de referências dos artigos selecionados foram verificadas a fim de escolher estudos adicionais de interesse.
CONCLUSÃO: A partir do exposto, é possível analisar aspectos relevantes ao sistema imune do recém-nascido, no qual a maioria das células envolvidas encontra-se em quantidade e/ou função reduzida. Este fato, que contribui para uma suscetibilidade aumentada desta população a infecções, é de extrema importância e deve ser considerado na prática médica. Através da compreensão da imaturidade intrínseca relacionada ao sistema imune neonatal é possível direcionar e adequar profilaxia, imunizações e tratamento de recém nascidos a termo e pré-termos. Neste sentido, o incentivo à prática da lavagem adequada das mãos e utilização de álcool glicerinado por profissionais de saúde são atitudes que podem promover relevante impacto no presente quadro, auxiliando na redução das taxas de mortalidade. Ressalta-se, ainda,que vários aspectos relacionados ao tema em questão não são totalmente elucidados e, assim, novos estudos são de fundamental importância no presente âmbito. Palavras-chave: Recém-Nascido, Sistema Imunológico, Imunidade Inata, Imunidade Adaptativa,leite Materno, literatura de Revisao

Frederico Henrique Salles Nunes

TEXTO COMPLETO
As glicogenoses são doenças de armazenamento de glicogênio e a doença de von Gierke é a mais comum delas, sendo que as complicações metabólicas da doença incluem hipoglicemia, acidemia láctica, hiperuricemia, hipofosfatemia e adenoma hepático. Nesse trabalho foi feita uma revisão dos conhecimentos atuais acerca da doença Von Gierke com suas características e tratamento aplicado. Verificou-se que a adesão ao tratamento é de vital importância para o controle da doença. Palavras-chave: Doença de von Gierke, Glicogenoses, Nutriçao.

Luciano Abreu de Miranda Pinto

TEXTO COMPLETO

A presença de febre é um dos principais motivos de consulta pediátrica e a quase totalidade dos lactentes febris têm uma doença infecciosa.A maioria dos lactentes com febre apresentará sinais ou sintomas que permitirão o diagnóstico da condição mórbida subjacente, entretanto, em 20% dos casos, a febre é um achado isolado, o que significa que, mesmo após anamnese e exame físico cuidadosos, nenhum foco é identificado e a condição recebe a denominação de "febre sem foco". Entre os pacientes com febre sem foco, a imensa maioria é portadora de uma infecção viral benigna, entretanto um pequeno grupo desses pacientes pode ser portador de uma entidade mórbida que, na ausência de um nome específico, é conhecida como bacteremia oculta. Considerando os pacientes com bacteremia oculta, alguns resolverão espontaneamente essa condição tornando-se afebris, outros persistirão febris e com bacteremia e um terceiro grupo evoluirá para uma infecção bacteriana focal quando reavaliado 24-48 horas após a consulta inicial.A abordagem do paciente potencialmente portador de bacteremia oculta pode variar desde o acompanhamento clínico até a utilização de protocolos de risco, entretanto o prognóstico do paciente com febre sem foco não parece ser modificado pela abordagem escolhida.

Palavras-chave:

Michelle L. C. Gonin

TEXTO COMPLETO

OBJETIVOS: atualização dos principais aspectos da sepse relacionados ao diagnóstico e tratamento por meio da implementação de medidas terapêuticas baseadas em evidências científicas de qualidade com finalidade de reduzir mortalidade.
FONTES DE DADOS: revisão não sistemática de literatura médica,artigos selecionados na base de dados MedLine, PubMed. Foram analisadas as diretrizes da Campanha de Sobrevivência à Sepse de 2004, 2008 e parcial 2012 e as da Associação Médica Brasileira de 2011.
SÍNTESE DE DADOS: a sepse pediátrica é de difícil reconhecimento precoce, com perfil hemodinâmico diferente do adulto.O conhecimento dessas peculiaridades e a implementação de diretrizes que visam à otimização hemodinâmica (SvcO2) e melhora da perfusão tecidual (lactato) têm impacto na melhor sobrevivência. A restauração da macro e microcirculação é fundamental para evitar o desenvolvimento das disfunções orgânicas. A abordagem precoce, o suporte hemodinâmico rápido, a antibioticoterapia precoce e a adesão ao pacote de ressuscitação de 6 horas são importantes pilares na abordagem dessa síndrome letal.As medidas terapêuticas baseiam-se na reposição volêmica, na antibioticoterapia, nas drogas vasoativas, nos corticoides, nas medidas de manutenção de viabilidade biológica aos sistemas e no suporte nutricional.
CONCLUSÃO: os avanços significativos da Terapia Precoce Guiada por Metas,as intervenções das diretrizes de tratamento da Campanha Sobrevivendo à Sepse,que geram indicadores de qualidade assistencial norteando tratamento, e o necessário cuidado pleno a cada sistema orgânico possibilitaram uma significativa melhora de parâmetros clínicos, hemodinâmicos e perfusionais. Na atualidade, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado baseado em protocolos estabelecidos permanecem a melhor garantia de boa evolução.

Palavras-chave: sepse/diagnóstico, sepse/terapia, disfunção orgânica, hemodinâmica.
AHEAD OF PRINT

MÉTRICAS

Taxa de aceitação

Último ano 64,28%

Tempo médio
Submissão e Aprovação

Último ano 84 dias

Ahead of Print - Tempo médio
Submissão e Decisão

Janeiro - Outubro 2025 53 dias

EDITORA CHEFE
Fernanda Pinto Mariz

Conselho Editorial

MANTIDO POR

Rua da Assembleia, 10,
Sala 1.812, Rio de Janeiro - RJ
Whatsapp: (21) 2531-3313
Tel: (21) 3923-5234


License All scientific articles published athttps://revistadepediatriasoperj.org.brare licensed under a Creative Commons license
Ferramentas de Submissão

Preparação
geral do
artigo

Normas
para a
publicação

Informações
sobre a
política

Indexações e Divulgação