Volume 7 Sup 2 / 2006
A Revista SOPERJ vem cumprindo seus objetivos, se renovando a cada ano
Revisão bibliográfica sobre o tratamento da coréia de Sydenham
OBJETIVO: descrever as principais drogas que podem ser usadas para o tratamento da coréia de Sydenham, classificando-as por seus respectivos mecanismos de ação e enfatizando as principais evidências sobre eficácia e efeitos colaterais.
MÉTODO: revisão não sistemática da literatura médica nacional e internacional disponível no MEDLINE, por meio de busca no PUBMED, referentes aos anos de 1985 a 2005. As referências bibliográficas destes artigos serviram de base para seleção de outros artigos, anteriores a 1985 e disponíveis na biblioteca do CCS-UFRJ, que foram escolhidos por serem pioneiros no uso de determinadas medicações ou por serem citados várias vezes nos artigos mais recentes.
SÍNTESE DOS DADOS: Foram selecionados 39 artigos, a maioria do tipo série de casos, que nos permitiram classificar as opções terapêuticas da coréia de Sydenham em três grandes grupos, com base em seus mecanismos de ação: antagonistas dopaminérgicos; gabaérgicos; imunomoduladores.
CONCLUSÃO: Apesar das diversas opções terapêuticas no manejo da coréia de Sydenham, ainda sofremos com a carência de uma padronização cientificamente embasada do seu tratamento farmacológico. Tal fato dificulta a opção mais adequada entre as diferentes drogas, e permite que a multiplicidade de condutas que possa colocar estes pacientes em risco. Palavras-chave: Coréia de Sydenham, Tratamento farmacológico, Antagonistas de dopamina, Ácido valpróico, Imunoterapia
Linfangiectasia pulmonar na infância
OBJETIVO: Descrever aspectos clínicos, radiológicos, histopatológicos e terapêuticos sobre linfangectasia pulmonar na infância, entidade rara, de reconhecimento difícil.
MÉTODO: revisão da literatura através do banco de dados PubMed.
CONCLUSÃO: a linfangestasia pode se apresentar sob as formas primária (ou congênita) e secundária. No primeiro caso, pode ser de aparecimento precoce ou tardio, sendo, esta forma, de diagnóstico mais difícil que a anterior. A suspeição clínica e a realização de biópsia pulmonar na maioria das vezes selam o diagnóstico. O tratamento é muito limitado.
Grupo de trabalho estratégias de promoção da saúde
Má-rotação intestinal - uma causa de vômitos não-biliosos no período neonatal
OBJETIVO: descrever um caso de má-rotação intestinal, que manifestou-se de forma não habitual e evoluiu bem após a intervenção cirúrgica apropriada.
DESCRIÇÃO: recém-nascido de 17 dias, sexo masculino, deu entrada na emergência do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes com história de vômitos não-biliosos há uma semana, não-biliosos e desidratação importante. Havia relato de palpação de oliva pilórica. Houve suspeita de estenose hipertrófica do piloro, sendo descartada pela seriografia esôfago-estômago-duodeno. Após as medidas gerais de suporte, foi realizado clister opaco que mostrou posicionamento anormal do cólon, sendo sugerida má-rotação intestinal e indicada intervenção cirúrgica. O paciente evoluiu sem outras intercorrências, tendo alta após 30 dias de internação.
COMENTÁRIOS: o paciente em questão apresentava má-rotação intestinal, com vômitos não- biliosos. Esta malformação não deve ser descartada pela presença de vômitos com estas características, apesar de menos comum.